sábado, 7 de maio de 2011

O futuro da novela passa pela quantidade de títulos que estão no ar


Não é de hoje que se discute o futuro das novelas brasileiras. Este é um assunto que envolve quem produz, escreve, anuncia, exibe e assiste ao produto mais popular da nossa televisão e ganhou força nas últimas semanas após declarações de Lauro César Muniz sobre a necessidade urgente de ser rever a estrutura de nossas telenovelas. Para o autor, está mais do que na hora de se encurtar o tamanho das novelas, reduzir a quantidade de personagens e apostar em novas temáticas. Só assim o telespectador vai manter o gosto de assisti-las e a audiência voltará a crescer. Pode ser. Quem sou eu para questionar um autor de tamanha experiência? Mas, será que o excesso de telenovelas não acaba afastando o público deste gênero? Ou os telespectadores acabam divididos entre os vários títulos?
A Globo exibe diariamente  5 novelas (incluindo a reprise do “Vale a Pena Ver de Novo”) e fará no segundo semestre o remake de “O Astro”. A Record tem dois horários de dramaturgia e sonha com o terceiro. O SBT reprisa 3 novelas no período da tarde e exibe a inédita “Amor e Revolução” no prime-time. São, atualmente, 11 novelas no ar. É muita coisa e, por isso mesmo, surge a sensação de que as histórias se repetem e que no passado tudo era melhor. Será? As novelas atuais são ousadas, recorrem a muitos recursos técnicos e de computação, cruzam o mundo em suas cenas externas e possuem mais tempo de arte. É verdade que muitos foram os títulos que nos envolveram e nos prenderam à frente da TV a ponto de nem atender o telefone só para não perder a cena, mas tem muita história boa no ar. O problema é que a oferta é grande, as comparações inevitáveis e o tempo curto, mas que o brasileiro gosta de novela, não há como negar.

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