terça-feira, 29 de março de 2011

Com muita embalagem e pouco chiclete, Record se decepciona com Rebelde

É natural que quando uma empresa investe alto em um novo produto, ela faça alarde e mostre para todos que está “apostando alto”. Mas, pobre Record. Não percebeu que num país com tanta variedade (em todos os setores) o que conta não é quanto você investiu e sim como.

Quando se vai produzir um remake, a atenção tem que ser redobrada, pois se não há como fazer a segunda versão melhor do que a primeira, então não há motivos pra fazer. Depois de tanta produção e promoção da versão brasileira de Rebelde, caiu a ficha: “decepcionou”. E muito mais para a própria emissora, que sonhava alto com a audiência, achando que pontos do IBOPE vem do céu.

A Rede Record sabia de todos os riscos, a reprodução de uma novela de extremo sucesso como foi a versão original de Rebelde, feita pela maior fábrica de novelas do mundo que é a Televisa, exportadora de cantores que, hoje, são astros mundiais como Anahí, Christián Chavez e Dulce Maria e, principalmente, que fora reprisada no Brasil pelo SBT e explodido entre os jovens do país, na época, era assumir o fado de ser comparada a todo o momento.

A audiência não correspondeu à altura de tanta divulgação e custos que a novela vem tendo. Tudo isso porque a emissora do bispo não aprendeu que o povo gosta de ação, suspense, terror e mortes. Qual o problema de colocar uma perseguição entre a polícia e jovens viciados em maconha? Por que não abordar temas como gravidez na juventude onde uma aluna fica “prenha” de um professor? Será que é tão difícil perceber que o público não gosta de heróis e romances coloridos? O povão gosta de vilões, bastante vilões e pouca mocinha.

É óbvio que uma semana é pouco para análises profundas, mas se a primeira impressão é a que fica, Rebelde pareceu com aqueles ovos de páscoa de cuja embalagem é tão bonita e o chocolate amargo, azedo, sem graça.

Por: Breno Cunha

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